Entregadores de aplicativos paralisam atividades em todo o Brasil reivindicando melhores condições de trabalho e aumento na taxa mínima de entrega.

Entregadores de aplicativos em todo o Brasil iniciaram hoje, 31 de março de 2025, uma paralisação nacional de dois dias, reivindicando melhores condições de trabalho e reajustes nas taxas de entrega. A mobilização, organizada por grupos de WhatsApp e divulgada nas redes sociais, tem como principal alvo o iFood, líder no mercado de delivery, mas também afeta outras plataformas como Uber Flash e 99 Entrega.
As principais demandas da categoria incluem:
- Estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida;
- Aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50;
- Limitação do raio de entregas para ciclistas em 3 km;
- Pagamento integral por corridas mesmo quando pedidos são agrupados na mesma rota.
O Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP) apoia a paralisação, destacando que os entregadores enfrentam 11 anos sem reajustes e condições precárias de trabalho. O sindicato critica a falta de regulamentação adequada e de fiscalização, que tem levado à precarização do trabalho e colocado em risco a segurança e o sustento dos profissionais.
Durante os dias 31 de março e 1º de abril, é esperado que restaurantes e consumidores enfrentem dificuldades na logística de entregas devido à adesão significativa dos motoboys à paralisação. A categoria espera que a mobilização chame a atenção da sociedade e das autoridades para a necessidade de regulamentação e melhorias nas condições de trabalho dos entregadores de aplicativos.